sábado, 19 de setembro de 2009

Gente essa é quentinha hein! Reportagem inédita sobre o ENEM publicada na revista Veja desta semana.

Dicas valiosas

Os técnicos do Inep, responsáveis pela elaboração da prova, indicam aos estudantes o que e como estudar para o exame.

Para os estudantes

1. Inteirar-se de todos os fatos mais relevantes do noticiário recente - no Brasil e no mundo. Como 100% das questões da prova serão contextualizadas, há chance de que elas girem em torno de assuntos tais como a crise financeira mundial ou a gripe A. Não se exigirá de ninguém que tenha na cabeça os detalhes sobre cada tema, mas, sim, seu significado e suas consequências. Para otimizar o tempo, é bom lembrar que o Enem está pronto desde a primeira semana de agosto - o que significa que nada do que aconteceu depois disso aparecerá no exame.

2. Dispensar a memorização de fórmulas. Exceto aquelas bem simples - como, por exemplo, a que define a área de um cubo -, todas as fórmulas mais complexas virão junto da pergunta em que deverão ser aplicadas.

3. Escolher temas atuais e treinar escrever sobre eles. Mas não sem ter em mente duas características a que os examinadores da redação vão prestar especial atenção na hora de corrigi-la: o texto deve apresentar a ideia central logo de saída e fazer uma defesa clara e coerente dela até o fim - evitando os ilogismos ao máximo. Quem for além e ainda conseguir oferecer uma solução para o assunto em questão ganhará pontos. Vale a pena investir tempo nesse exercício.

4. Não perder tempo com disciplinas que foram excluídas do novo Enem. O exame tem 10% menos conteúdo do que um vestibular tradicional (e a tendência é que encolha ainda mais no ano que vem). O Inep informa que ficaram de fora da prova de matemática, por exemplo, temas como números complexos, matrizes e determinantes. Em português, não entram gramática, funções morfossintáticas nem história literária. Das ciências da natureza, foram excluídos assuntos como hidrodinâmica, leis de Kirchoff e introdução à física moderna.

5. Responder às questões do antigo Enem (veja http://historico.enem.inep.gov.br - em "estudante"). Ainda que ele tenha grau de dificuldade menos elevado e contemple menor número de áreas em cada matéria, ali é possível entender, de forma bem prática, o que é uma questão contextualizada e interdisciplinar - dois dos pilares do novo Enem. Especial atenção às perguntas de português das edições anteriores da prova: as questões atuais serão muito semelhantes.

Fotos Lailson Santos
ADAPTAÇÃO ÀS PRESSAS
Cursinho Objetivo: foi preciso mudar as apostilas e o tipo de aula


6.
Resolver o simulado do novo Enem obedecendo às condições reais da prova (veja www.etapa.com.br/enem ou www.curso-objetivo.br). Isso significa fazê-lo em dois dias e não gastar mais do que quatro horas e meia na primeira etapa e cinco horas e meia na segunda. É uma maratona mais exaustiva que a de um vestibular convencional - realizado em apenas um dia. A ideia é treinar a capacidade de concentração por tanto tempo.

7. Fazer uma leitura atenta dos enunciados das questões - em geral, longuíssimos. O objetivo é aprender a extrair deles a resposta correta, algo possível em cerca de um terço das perguntas. São justamente aquelas cujo nível de dificuldade é menor, segundo a definição do Inep.

Para os pais

8. Trazer à tona a discussão sobre temas da atualidade. É uma forma não apenas de familiarizar os estudantes com tais assuntos (algo precioso para a prova) como, também, de fazê-los posicionar-se em relação a eles. O exercício pode estimular o ordenamento das ideias e a capacidade de interpretação da realidade, duas das habilidades mais testadas no novo Enem.

9. Indicar a leitura de jornais, revistas e periódicos científicos. Chamar atenção para os artigos mais relevantes é uma peneira útil. A orientação ajuda a manter o foco na leitura do que interessa - e, portanto, do que está mais sujeito a cair na prova.

10. Desestimular a maratona de estudos às vésperas da prova. Ao contrário da maioria dos vestibulares, esse é um exame mais voltado para o raciocínio, portanto para um tipo de conhecimento mais consolidado - que dificilmente será absorvido nas horas que antecedem o Enem. Faz-se melhor uso do tempo mantendo uma boa rotina de sono. Está provado que isso, sim, tem impacto positivo sobre a atividade intelectual.

Postado por Caio Vaz

2 comentários:

  1. Ah gente muito bom esse assunto, enem é mega importante para nós universitários!Boa sorte gente!

    ResponderExcluir

Venha interagir com a gente